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domingo, 18 de agosto de 2013

Qual será o som do silêncio?

Qual será o som do silêncio?









Qual será o som do silêncio?
Quando só resta e nos arrasta a densa escuridão...

Quando só nos resta o palco empoeirado e vazio...

Quando a escuridão é pulsante e companheira.


E na verdade caminhamos com o silêncio,
Ou o oprimimos em nossas mentes densas?

E que mistérios e enigmas ele vem nos trazer,
Ou que visões assustadoras ele vem refazer?












Qual será o som do silêncio?
Quando a luz se faz nua em nossas consciências...

Quando as trevas se tornam resplandecentes...

Quando todos os verbos são conjugados.


E agora qual é a verdade que nos fala o silêncio,
Ou quais são as suas loucas probabilidades?

E as suas teorias e postulados cósmicos,
Ou onde estão nesse momento todos os acusadores?










Qual será o som do silêncio?

Quando compomos uma linda canção...

Quando todos os átomos e moléculas dançam...

Quando não se sabe decifrar o que saem das bocas.

E vêm nas tempestades que arrasam as vidas,
Ou serão negras virtudes do falar às escondidas?

E das línguas tenebrosas que se fazem ouvir,
Ou virão fazendo a guerra com a inércia do porvir?













Qual será o som do silêncio?
Quando a ignorância predominar na raça humana...

Quando se acionar o start  das bombas atômicas...

Quando toda a natureza puder cantar sem parar.

Eu não sei quais são tuas notas, timbres e sons...
Já não posso te impedir e, ganhar-te os dons...

És amigo e inimigo do meu chegar e partir...
Meu silêncio, velho amigo, tu me fazes refletir.









Michell Barros Maia.





5 comentários:

  1. Excessivamente linda e penetrante. Parabéns! Abraço-te na sintonia silenciosa dessa poesia.

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  2. + 10
    Há Aves Maia Barros: que nasceram por índole pra voar só: e sentir o prazer que sendo assim, seja o alvo mais difícil de um "caçador"; o que há de nos convir, que sua liberdade é sua, e somente seu este poder de não poder voar se seu "bando" não voa, ou que possam ferir aquelas que te acompanham.
    Os filhos são como flexas que jogamos pro ar; e cada qual tem seu destino certo, e ficamos na expectativa de que cada um acerte em sua trajetória: o Alvo... Ou seus objetivos; sem que deva a ninguém, somente a si.
    Meus parabéns! E no abstratismo de teus versos, siga esta sintonia "silenciosa", e este Explendor de Poesia.
    Dos, "Anônimos da Poesia e da Arte".

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  3. Impactante... quando a gente pensa que já pode respirar, vem outra estrofe...e nos assalta. coisa boa de ler... e de sentir, Michel.Parabéns.

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  4. Retorno para agradecer a sua aquiescência de me permitir divulgar no Blog; "Anônimos da Poesia e da Arte", esta Poesia, como complemento da ideia central de outra; de autoria de David Emanuel. Deixa-me aqui, acolá, te dar "uns puxões de orelhas" para teu bem.
    Lendo um dos teus comentários observei; "A minha poesia será una"... Nunca mais o repita, pois a Poesia não almeja a individualidade, e está contida na alma de todos os Poetas, mesmo aqueles que poetizam o Mundo, construindo "O Belo" quer seja este: um Bisturi nas mãos hábeis de um Médico, na paciência de um Professor, nas "colheres de Pedreiros", que tocam uma Obra de um Construtor, ou em qualquer atividade exercida por exclusivamente... Amor.
    Eu te amo
    Tu me amas
    Ele, ou ela... 'me ama"
    Aparentemente são Verbos
    Verdadeiramente; são Versos, as Conjugações Verbais.
    Mas ponhas em tua cabeça
    Qual será o som do Silêncio? Vai decolar, e voar muito alto.
    Um grande abraço dos "Anônimos da Poesia e da Arte", e o "puxão de orelhas" esquece... Sinto-me teu Pai.

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  5. Belíssimo o seu poema, amigo e poeta Michell. De uma grande profundidade e ao mesmo tempo com uma verddade muito transparente. Adorei. Parabéns pelo belo poema e pelo belo blog. Abraços fraterno!

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