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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Na Estação









       Na Estação

Sempre chegar e ter quer partir,
Permanecer, nunca poder viajar,
Aterrissar e nunca ter que subir,
Despedir-se, nunca mais voltar.

Revendo e voltando na Estação,
Gritando e maldizendo o bendizer,
Dilacerando o despedido coração,
A sombra, que afaga o mal viver.

E vendo os pássaros em revoadas,
Odores das rosas, sempre, colhidas,
Nos abraços, ventanias atrasadas,

Nas palavras, bastante entorpecidas,
Nos risos, sentimentos das entradas,
E nos prantos, a verdade das partidas.

Michell Barros Maia.




Um comentário:

  1. Como discordar? Você parte de um princípio real e finalístico: a Realidade é Tese, mas difícil é compreender a antíse da Realidade, mesmo que exista, e que possamos adistringí-la no Sur Realismo.
    Você consegue neste "jogo" (para alguns; ilusório), criar o imaginável: neste controverso universo existente entre; Teses e Antíteses, incompreensível somente se formos trocar, as compreensões de: antíteses em Recíprocas, pois nem toda Recíproca é verdadeira.
    Vivemos num mundo que dificilmente acreditará: que a Morte seja a recíproca verdadeira da Vida, e que esta Tese que podemos chamá-la de Vida: tenha como "Antítese", a mesma Tese que chamamos; Morte, análogas pois; neste vai e vem: que para muitos, seja incompreensível entender.
    Mas tudo morre numa fonte só:
    Eu vi a vida... Pronto
    Eu vi a morte... Pronto
    Qual das duas não sejam verdades, ou quem conteste estas Teses: há quem as separe do ponto de vista físico, mas todas religiões falam de uma vida eterna: falam de Céus, e falam de Paraísos; Falam de almas e de "Espírito Santo".
    Parabéns dos, "Anônimos da Poesia e da Arte".

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