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sexta-feira, 19 de julho de 2013

As Dores

As Dores














Ao nascer do dia desabrocham as flores,

Amanhecem também contigo as tuas dores,

Convivência amarga sempre a te perturbar,

Simbiose maldita no teu corpo a gritar.





Existência constante, livre e sem medida,

As dores que martelam a tua própria vida,

Perenes, precisas, pesadas, perigosas,

Plantas intrusas no jardim das rosas.















Tuas causas variam e são imprecisas,

Quando chegas não falas, e nunca avisas,

Assombrosa, valente, age sem direção,

Invasora, implacável, bate sem distinção.





As tuas vitórias queremos falar,

Que remédio mais forte podemos te dar?

Enfraqueces os ossos, nervos e tendões,

E das almas roubas todas as emoções.




Tu serás encantada erva venenosa,

Inspiras para sempre a poesia e a prosa,

Espinhos pontiagudos que furam o ser,

Ó dor persistente tu fazes sofrer!












Michell Barros Maia.

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