As Ironias
Dementes,
zangadas com as monotonias,
Estúpidas,
ralas são as ironias,
Que
saem das bocas querendo ferir,
Pesadas,
intensas, vivendo a medir.
Da
língua uma arma potente a faz,
Corrosivas,
devora apetite voraz.
Do
estomago ácido, tu vens uma louca,
Do
refluxo gástrico tu chegas à boca.
Constante,
ocupada em teu enriquecer,
Pessoas,
as mentes tu fazes sofrer.
Vingativa,
matas com toda emoção,
Pões
fogo na vida em tua livre ação.
Viverás
para sempre falando a sorrir?
Que
mentes, que vidas hás de destruir?
Fumegando
ideias, enchendo o falar,
Em
que filosofias nos fazes pensar?
Sendo
tu instrumento do louco, do são,
Contaminas
o corpo, alma, o coração,
Substância
escondida que inflama o doente,
Tu
és ironia ferina, veneno potente.
Barros Maia.
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