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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Visita ao Centro da Terra






Visita ao Centro da Terra

O homem a vencer a luta constante,
Aproveitar o viver, mas da morte lembrar,
O ser a rosa que fenece a cada instante,
E o grão de trigo que morre e faz brotar.

Necessária é a visita ao centro da Terra,
Decifrar na penumbra a luz e os elementos,
Nos olhos fechados, a paz e a guerra,
Abertos em si de alegrias, lamentos.

As imagens de morte e vida, a refletir,
O medo e coragem parceiros inseparáveis,
Fênix renascida do chegar e do partir,

O saber, vencedor das paixões execráveis,
Que depura no fogo a ignorância a banir,
Que se cobre de luzes, virtudes louváveis.


Michell Barros Maia.


2 comentários:

  1. Magnífico esse Poema! Li, reli, pensei... Compreendi. Visita ao Centro da Terra: sem nada ter a haver com Júlio Verne, e agregado a uma Filosofia diferenciada: de um Arquiteto que tenta nos convencer que fala de nós; essas sementes que enterramos como Cadáveres; são aquelas pensadas na Filosofia de Platão, discípulo de Sócrates. Fênix é uma alegoria Mitológica que o Poeta impõe; como Luz: por que existe a mesma Luz, na vida, e na Morte; difícil é compreender: queremos tanto a vida, e próprio; quantas vezes (até precocemente) a entregamos de braços abertos, para a morte: e quando não procedemos assim; quem possa olvidar que seja este por própria determinação divina de Deus, o nosso destino; essa estrada que o tempo compassa na dependência do "merecimento" de cada um.
    Uma "Nave espacial" sobe aos Céus (pensamos); e ao mesmo tempo (isto não pensamos); outra "Nave" (esta visível); cavamos uma Cova (plataforma de lançamento); e encaminhamos o piloto, a semente, ou Cadáver; para as sombras, para este "quarto" hermeticamente fechado... Para uma Viagem ao Centro da Terra, e somente depois, esta semente brota em outro canto; e em qualquer outra "Caverna", ou Corpo Vivente; pronto! Renasce.
    Mas é esse milagre que ninguém quer entender; e quem não entende, nos chama de Herege; pode? Podem... A ignorância espiritual é uma fase Espiritual, que não podemos taxá-la por ignorância, pois o conhecimento disto vem de longe; vem dos Cátaros; dos Essênios; dos Egípcios que ninguém ainda pôs na consciência... O Egito foi o berço que acolheu Moisés, com Filho Legítimo de Faraó, e da mesma forma foi a Terra que recebeu: Jesus, José, e Maria; para que o Filho de Deus não fizesse a Viagem ao Centro da Terra precocemente, mas Deus não permitiria isto; pois o teria feito como Fênix; Talvez como fez com Elias que subiu aos Céus em um "Carro de Fogo", e não deixou sua semente aqui; da mesma forma que fez Jesus, ao Ressuscitar... Levou sua semente para Deus.
    Um grande abraço Michell!!! Um excelente Poema; ao ponto que por Analogia Lançar: O Conhecer... Réplica de sua Poesia.
    Do seu velho Tio... Dr. Ademar Raimundo de Barros.

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  2. Michell! Tentei várias vezes ao telefone, mas lamentavelmente não consegui, pois queria retificar o que compus, contando com um visto anterior de sua parte. Não é tão fácil acompanhar o lado abstrativo de teus Versos: como o próprio termo designativo traduz; o abstrato, tão difícil de se lidar, de se compreender; pelos 'Hiatos" que intuitivamente o dom conduz a este subentendido que é instintivamente próprio do Poeta: e quando não menos esperamos, estamos fugindo do análogo: o que possa trazer o sentimento de que estejamos ofuscando a construção do outro (o que não fica bem), apesar de pensar assim; podemos partir do abstrativo e por "alongamento" que cada compreensão possa atingir, não venha servir como 'embasador", no brilho que o abstrativo possa trazer.
    Era a minha intenção proceder assim, mas só; com autorização de sua parte, e colocar sua Poesia como Alegoria de compreensão naquilo que já temos concluído, mas claro! Não somos cantadores de viola, ou do Cordel (sem discriminação; os admiro), na 'peleja", no toque do repente, e do "martelo Alagoano", mas nossos "motes" são completamente diferentes dos deles; e que eles ganhariam de nós... São Auto Didatas nisto... E; pobres de nós.
    Qualquer coisa, adianta-me; mas minha construção tem como fundamentação a tua.
    Um grande abraço, Dr. Ademar Raimundo de Barros.

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