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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Um Ser Paradoxal







Um Ser Paradoxal

Adormece acordando, à escuridão,
Às noites, manhãs, já busca falar,
Refaz e desfaz, em razão, e emoção,
Nas luzes, as trevas o fazem calar.

O medo, coragem, na mente a lutar,
Paradoxos que açoitam a existência,
A frieza mui quente, odiar e amar,
O sim e o não, retidão e indecência.

O todo e o nada, uma negra candura,
O som e o silêncio, a razão, a loucura,
Alegria, tristeza, do amargo à doçura.

Verdade, mentira, sacrossanto imoral,
É vivo, mas morre, um pobre mortal,
E nasce, e renasce um ser paradoxal.

Michell Barros Maia.




Um comentário:

  1. Realmente Michell! Barros Maia!... Mainha não! Pois não combina sequer com a centimétrica noção genética da nossa masculinidade antropológica... RsRsRs.
    Mas é uma "baita" Poesia para que se reflita o quanto somos Paradoxais, e como diria nosso Guru José: que "de priscas" Eras... Viemos até então.
    Vejamos a realidade hoje em simples reflexão; Egito/Síria/Israel/ Oriente Médio, e que se possa fazer: a não ser pedir que Deus ponha sua mão sobre estes povos: que no íntimo de minha natureza paradoxal humana diz; que eles querem Paz: que não conseguem ter por Paradoxais instintos bestiais de "outras" naturezas humanas: ou perante outros interesses não seus.
    Você conduz o Poema para o "Eu"(subentendido), eu o Generalizo ciente de que outros sentimentos paradoxais vêm de encontro aos meus.
    Boa Poesia! Parabéns!
    Dos, "Anônimos da Poesia e da Arte".

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