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quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Paixão

A Paixão









Sim, eu continuo buscando a verdade,
As das coisas, que movem os universos,
Dos risos, dos prantos, que se fazem os versos,
Das incongruências, eu busco a dignidade.










Sim, dos devaneios tolos, busco o concreto,
Das palavras soltas, busco as abstrações,
Dos paradoxos vis, busco o ângulo reto,
Das mentiras verídicas, busco as emoções.








É a mais pura verdade, diversa, epilética,
De terços, de livros sagrados, de preces,
De janelas, de pontes, de frase sincrética,
De medos insanos, bem mais que careces.









Tu vens, os teus sinais já são ouvidos,
remexes as almas, apossas-te dos sons,
Assanhas, enlaças, teus cabelos compridos,
De cores vivas, renovas todos os tons.









E vens chegando, ficando de mansinho,
Preparando o terreno, minando corações,
Tuas bases e catetos se forjam devarzinho,
Tua adrenalina vem nos causam convulsões.









Muitos já te tentaram, e quiseram te descrever,
Com poesias, doces suspiros, belezas ao luar,
Paixão mais que ardente, que só fazes sofrer,
nós sempre queremos nos banhar nesse teu mar.









Barros Maia.





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