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sábado, 19 de julho de 2014

Perguntas ao "eu"






Perguntas ao “eu”

Ser homem, de carne e de luz rarefeita,
Discrepância do Universo em transição,
Criatura cega, que numa visagem perfeita,
Renega o invisível, abençoa a maldição.

Perguntas ao “eu”, ao ser inconstante,
Teimosas palavras da boca a sair,
Dureza precisa bem mais que o diamante,
Conflitos intensos, do chegar e partir.

Não é a excrescência de terra singular,
Que ao fruto nutre e ao solo retorna,
Não é toda a luz da potência estelar,

Que do fim ao meio, ao início contorna,
Negativas amargas da língua a pulsar,
Que do raso ao largo, ao profundo se torna.


Michell Barros Maia.


Um comentário:

  1. A estas tuas perguntas ao "EU", já fiz um comentário que se "escafedeu"; mas deixa pra lá! Bem melhor agora que posso consistentemente te parabenizar e te dizer... Quem nunca te viu, vai te ver... E um grande abraço de minha minha parte.
    Sem mais, Anônimos da Poesia e da Arte.

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