Na prisão sem muros
Em
vão pensa ser livre, tolo ser humano,
Réu
aprisionado em longas existências,
Na
prisão sem muros, um medo insano,
Buscando
suas próprias reminiscências.
Resplandecentes
devaneios e aspirações,
Da
liberdade almejada, apenas visagens,
Gritos
constantes, traumas, inquietações,
Suas
vidas e corpos, apenas roupagens.
Seu
sonhar com o Céu, uma constante,
Uma
fuga diária, da Terra, seu mundo,
Seus
Karmas o cercam no “eu” vibrante,
O
apertam, o castigam no “ser” fecundo,
Na
prisão sem muros, num breve instante,
Em
milênios, suas dores, o tocam profundo.
Michell Barros
Maia.