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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Saudação ao Imperador



Minha saudação ó Imperador,
Astro luminoso...só fazes vencer,
Senhor iluminado, gira o sol da dor,
Tísico impávido...maquiavélico ser.






Tu estás sentado e sempre rodeado,
dos que te bajulam...só fazes sorrir,
Senhor absoluto, orange extasiado,
vejo o teu reinado...prestes a cair.







Um dia em humildade, ao povo tu amaste,
e em teus discursos...sopravas o ideal,
tantas esperanças, um dia tu falaste,
és apenas hoje...um império surreal.






Eis a minha saudação ó Imperador,
fico a repetir...palavra solta, vã
em meio a arena, a morrer de dor,
Ave caesar...morituri te salutant.







Tu estás sentado e sempre rodeado,
teus amigos novos... conselheiros bons,
mas vejo em tua face, sempre aperreado,
eles tão tramando...te roubar os dons.








Um dia em humildade, ao povo tu amaste,
o teu passado de glória...fico a relembrar,
Pródigo senhor, tuas origens renegaste,
olho todo dia...o teu desmoronar.






Eis a minha saudação ó Imperador,
rindo em tua face...nunca fui vendido,
na tua riqueza, no teu esplendor,
és o Don Quixote...Napoleão rendido.







Tu estás sentado e sempre rodeado,
de mulher, menino...das damas de ferro,
todos aplaudindo e sempre extasiado,
todos vêm se curvam...ao ouvir teu berro.






Um dia em humildade ao povo tu amaste,
Nascia o teu novo...jeito de governar,
Depois os teus servos, tu pisoteaste,
teus próprios amigos...não sabes escutar.





Eis a minha saudação ó Imperador,
Tu sempre falando...em palácio teu,
batendo na mesa, sem nenhuma dor,
sou Luís XIV...o estado sou eu.






Korcoran.




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