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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Pra não dizer que não falei dos protestos

Pra não dizer que não falei dos protestos!








Caminhando e cantando e refletindo a canção,
Nosso povo tá cansado e extravasa a emoção,
E nas ruas protestam exigindo as mudanças,
E com faixas e gritos renovam esperanças.


Vem vamos embora, que esperar não é saber,
Quem sabe, pensa agora o mais novo amanhecer,
Vem vamos embora, que saber ainda é poder,
Quem sabe, escolhe agora seu futuro, seu viver.










No Gigante Brasil, que pela própria natureza,
Vem corrupção que devora a vida, a certeza,
Que rouba, que fere, destrói a beleza,
Os sorrisos, as mentes com muita destreza.


Há políticos safados, despreparados ou não,
Quase todos perdidos com a mentira na mão,
Enganando, pervertendo meu povo irmão,
Minha bandeira, meu hino, minha grande nação.


Vem vamos embora, que saber não é esperar,
Quem espera, sabe agora o que tem que mudar,
Vem vamos embora, que mudança é o votar,
Quem sabe, vota certo pra um dia não chorar.








Há hospitais sucateados, superlotados ou não.
Há segurança perdida, mesmo de arma na mão.
Há escolas antigas, professores desrespeitados.
E o Estado que exige tributos a serem pagos.


Caminhando e cantando, seguindo mobilizações,
Trabalhadores unidos vêm e apontam soluções,
E nas ruas protestam exigindo a verdade,
E bem alto eles bradam, a voz da liberdade.


Vem vamos embora, que o Gigante acordou,
Quem sabe junta as pedras que o insano jogou.
Vem vamos embora, a democracia enfim raiou,
Quem sabe vê o novo ano, a eleição já chegou.








Barros Maia.




sexta-feira, 14 de junho de 2013

Imperador, apesar de você!



Imperador, apesar de você!










E eu continuo te saudando, Ó Imperador de minha “nação”,

Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão.

Todos andando de lado, falando um bocado da tua missão,

E eu lá no meio do povo, falando de novo da tua opressão.




Você que inteligente, mudou seu estado devia se mudar,

numa mudança de mente, bem mais que um repente devia encarar.

o teu império caindo, todos se desiludindo, querendo falar,

as flores que tu usavas, já murchas, pisadas soltas no ar.




Apesar de você, amanhã há de ser outro dia,

Eu pergunto a você, como vais controlar a enorme alegria?

Como vais proibir, se o povo quiser a sim mudar?

E na rua enfim, sem mais perseguições, nós iremos cantar!













E eu continuo te saudando, Ó Imperador de minha “nação”,

Hoje você é quem manda, falou tá falado, não tem discussão.

Tu que batestes no peito, bem alto, a dizer: o estado sou eu,

A tua roupa encardida, bem mais que o reinado, o rato roeu.



Você e as suas amarras, já não apertadas, que não vão prender,

As nossas consciências, bem mais que pensas, não vão esquecer.

Os teus amigos, maltratados, deixados de lado, virão se ajuntar,

Ao povão que contente, nas ruas, bem alto, dirão sem parar.





Apesar de você, amanhã há de ser outro dia,

Eu pergunto a você, como vais controlar a enorme alegria?

Como vais proibir, essa renovação se espalhar?

E contentes, cantando, outra flor mais bonita, iremos plantar!










 Korcoran.





quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Paixão

A Paixão









Sim, eu continuo buscando a verdade,
As das coisas, que movem os universos,
Dos risos, dos prantos, que se fazem os versos,
Das incongruências, eu busco a dignidade.










Sim, dos devaneios tolos, busco o concreto,
Das palavras soltas, busco as abstrações,
Dos paradoxos vis, busco o ângulo reto,
Das mentiras verídicas, busco as emoções.








É a mais pura verdade, diversa, epilética,
De terços, de livros sagrados, de preces,
De janelas, de pontes, de frase sincrética,
De medos insanos, bem mais que careces.









Tu vens, os teus sinais já são ouvidos,
remexes as almas, apossas-te dos sons,
Assanhas, enlaças, teus cabelos compridos,
De cores vivas, renovas todos os tons.









E vens chegando, ficando de mansinho,
Preparando o terreno, minando corações,
Tuas bases e catetos se forjam devarzinho,
Tua adrenalina vem nos causam convulsões.









Muitos já te tentaram, e quiseram te descrever,
Com poesias, doces suspiros, belezas ao luar,
Paixão mais que ardente, que só fazes sofrer,
nós sempre queremos nos banhar nesse teu mar.









Barros Maia.





sexta-feira, 7 de junho de 2013

Ao toque das mãos

Ao toque das mãos





Ao toque das mãos... As vidas florescem,
A Criação aperta o start... Faz o universo imenso,
E energia e massa... Amam-se sob o calor intenso,
A luz deflora a escuridão... E enlouquecem.





Ao toque das mãos... As coisas acontecem,
Palavras impuras... Aos ouvidos, são ditas,
Gemidos, sussurros... Atritos, ações inauditas,
Aromas sensuais... Exalam, amadurecem.








Ao toque das mãos... As ideias são reais,
O bem e o mal... Namoram e se misturam,
O amor e o ódio... Renascem, e copulam,
Em conjuntos complexos... Múltiplas integrais.









Ao toque das mãos... A pisque é instigada,
Os casais em êxtase... Na cama enlouquecem,
O falo se apronta... Os mamilos se enrijecem,
O clitóris grita... E nele a língua é degustada.








Ao toque das mãos... Os corpos são aquecidos,
E se penetram... Somam-se, atritam-se,
E se molham... Comem-se, gozam-se,
E seus prazeres... Jamais são esquecidos.









Michell Barros Maia.


domingo, 2 de junho de 2013

Tudo tá programado!

Tudo tá programado!













De sábio e de néscio o homem se faz,
Mutante encarnado, apetite voraz,
Matreiro, valente, em sua irritação,
Boneco nas mãos do louco e do são.


Tua sorte o sistema na boca escarrou,
Roboticamente ele já te comprou,
O teu capital já foi todo roubado,
e vira padrão, tudo tá programado!










E o homem que vem seguindo a cartilha,
Do sistema perverso ele então compartilha,
Votando, elegendo, cantando e sentindo,
E os seus parafusos se apertam mentindo.


Pensando que é orgânico o homem se vê,
Download inspirado, quem o pode deter?
Ele come e bebe comprando fiado,
E não acredita, tudo tá programado!








E o homem que pensa ser livre de fato,
De mais se amarra em sentido lato.
Pensando, descobre, respira, almeja,
Ser tolo, enganado, ser gado, que seja.


A tua sorte o sistema, em teus chips, lançou,
magnética a tua ilusão acabou.
Ó ser arrogante que se acha acabado,
Ele se aborrece, tudo tá programado!









Michell Barros Maia.