Pra não dizer que não falei dos protestos!
Caminhando
e cantando e refletindo a canção,
Nosso
povo tá cansado e extravasa a emoção,
E nas
ruas protestam exigindo as mudanças,
E com
faixas e gritos renovam esperanças.
Vem
vamos embora, que esperar não é saber,
Quem
sabe, pensa agora o mais novo amanhecer,
Vem
vamos embora, que saber ainda é poder,
Quem
sabe, escolhe agora seu futuro, seu viver.
No
Gigante Brasil, que pela própria natureza,
Vem
corrupção que devora a vida, a certeza,
Que
rouba, que fere, destrói a beleza,
Os sorrisos,
as mentes com muita destreza.
Há
políticos safados, despreparados ou não,
Quase
todos perdidos com a mentira na mão,
Enganando,
pervertendo meu povo irmão,
Minha
bandeira, meu hino, minha grande nação.
Vem
vamos embora, que saber não é esperar,
Quem
espera, sabe agora o que tem que mudar,
Vem
vamos embora, que mudança é o votar,
Quem
sabe, vota certo pra um dia não chorar.
Há hospitais
sucateados, superlotados ou não.
Há
segurança perdida, mesmo de arma na mão.
Há
escolas antigas, professores desrespeitados.
E o
Estado que exige tributos a serem pagos.
Caminhando
e cantando, seguindo mobilizações,
Trabalhadores
unidos vêm e apontam soluções,
E nas
ruas protestam exigindo a verdade,
E bem
alto eles bradam, a voz da liberdade.
Vem
vamos embora, que o Gigante acordou,
Quem
sabe junta as pedras que o insano jogou.
Vem
vamos embora, a democracia enfim raiou,
Quem
sabe vê o novo ano, a eleição já chegou.
Barros Maia.