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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nibirus está chegando!


O homem que da Terra ainda não aprendeu o amor,
e não deixa de se comprazer no ódio e na dor,
que ao infeliz e ao cruel dos males segue velando,
é chegada nova gravidade, Nibirus está chegando!





Virá como a profecia do segundo sol celestial,
configurando novas órbitas no espaço sideral,
magnetiza, sintoniza, chamando e sugando,
remodelador da verdade, Nibirus está chegando!






A Justiça de Deus, por Cristo sempre falada,
e aos mal comportados, já antes preparada,
o joio e o trigo, é certo, já estão se separando,
e vem a nova conformidade, Nibirus está chegando!







Muitos serão "exilados", tal qual os da capela astral,
selecionados apenas dois terços num espaço amostral,
e só ficarão aqui, os poucos que seguem amando,
"fumegando, apitando, chamando", Nibirus está chegando!







E a Terra que é grande escola será transformada,
e de espíritos regenerados será de vez habitada,
e os "exilados" serão afastados e seguirão caminhando,
e opera o processo da evolução, Nibirus está chegando!





Barros  Maia.




Saudação ao Imperador



Minha saudação ó Imperador,
Astro luminoso...só fazes vencer,
Senhor iluminado, gira o sol da dor,
Tísico impávido...maquiavélico ser.






Tu estás sentado e sempre rodeado,
dos que te bajulam...só fazes sorrir,
Senhor absoluto, orange extasiado,
vejo o teu reinado...prestes a cair.







Um dia em humildade, ao povo tu amaste,
e em teus discursos...sopravas o ideal,
tantas esperanças, um dia tu falaste,
és apenas hoje...um império surreal.






Eis a minha saudação ó Imperador,
fico a repetir...palavra solta, vã
em meio a arena, a morrer de dor,
Ave caesar...morituri te salutant.







Tu estás sentado e sempre rodeado,
teus amigos novos... conselheiros bons,
mas vejo em tua face, sempre aperreado,
eles tão tramando...te roubar os dons.








Um dia em humildade, ao povo tu amaste,
o teu passado de glória...fico a relembrar,
Pródigo senhor, tuas origens renegaste,
olho todo dia...o teu desmoronar.






Eis a minha saudação ó Imperador,
rindo em tua face...nunca fui vendido,
na tua riqueza, no teu esplendor,
és o Don Quixote...Napoleão rendido.







Tu estás sentado e sempre rodeado,
de mulher, menino...das damas de ferro,
todos aplaudindo e sempre extasiado,
todos vêm se curvam...ao ouvir teu berro.






Um dia em humildade ao povo tu amaste,
Nascia o teu novo...jeito de governar,
Depois os teus servos, tu pisoteaste,
teus próprios amigos...não sabes escutar.





Eis a minha saudação ó Imperador,
Tu sempre falando...em palácio teu,
batendo na mesa, sem nenhuma dor,
sou Luís XIV...o estado sou eu.






Korcoran.





Vamos Falar de Nós




Vamos falar de nós, da nossa história, de nossa redemocratização,
Dos nossos medos, das insanidades e da nossa desunião,
Das feridas abertas, das torturas, dos exílios, das esperanças,
Das passeatas, dos protestos, das nossas posições, das lembranças.


Vamos falar de nós, do que antes pensávamos, das nossas caras pintadas,
das perseguições sofridas, naquilo que defendíamos, em ideias faladas, 
das cadeias, das censuras, dos nossos corpos reprimidos a gritar,
dos atos institucionais, dos cálices afastados, das bandas a tocar.





Vamos falar de nós, podemos retirar alguns espinhos, que vivem a nos ferir,
Que velhos, nos sufocam, caducam e insistem em nos levar a cair,
Dos tormentos, dos partidos nefastos, das ideologias insanas e enlatadas ,
Dos bolivarianos napoleônicos, anencéfalos, democracias mofadas.

Vamos falar de nós, dos nossos poderes, que conflitam sem parar,
Que sempre querem ser mais, e mais do que nunca não param de lutar,
Das inconstitucionalidades, das tentativas loucas de você se perpetuar,
Das manobras políticas, dos mensalões, dos silêncios a comprar.






Vamos falar de nós, da nossa educação, da nossa segurança e saúdes,
Dos nossos descasos, dos nossos rombos, desvios e atitudes,
Dos nossos laudos comprados, dos homicídios, das merendas jogadas,
Das nossas doenças, do novo analfabetismo, das obras superfaturadas.


Vamos falar de nós, dos nossos amores, das nossas imperfeições,
Dos bolsas famílias, dos fome zeros, das nossas grandes involuções,
Dos nossos vícios, do nosso pão e circo, da nossa Copa do Mundo,
Da nossa Olimpíada, de nossa transposição sucateada a cada segundo.






A tua roupa vermelha, teu cabelo ondulado, a estrela em teu céu a bailar,
Nós levamos tantos anos para nos encontrar, aprendi, aprendeste a amar,
Fico bobo aos teus pés, te saúdo, e agora, enfim, quando estamos a sós,
Eu te digo bem alto, rompendo o silêncio, vem Amor, vamos falar de nós.






Korcoran.